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Balanço

O monólogo BALANÇO interpretado pelo ator Bruno Peixoto conta a história de Gentil, um homem do interior do Brasil, que sofreu muitos preconceitos quando criança por revelar uma delicadeza atípica aos meninos de sua idade. Gentil narra de forma poética e dinâmica sua relação com a mãe, que desde sua gestação, “foi criado com todo o carinho que só as mulheres merecem”, poeticamente colocado pelo autor Danilo Alencar. Ainda menino é surpreendido por uma paixão inesperada por uma pessoa de sua família, amor esse que não consegue esquecer. Desesperado, procura a religiosidade para tentar resolver esse impasse. O que para um garoto era uma grande revelação, para o líder religioso tratava-se de pouca reza. Gentil, após passar uma adolescência conturbada resolve servir o exército, contrariando todos os comentários maldosos de sua vizinhança. E foi lá, no quartel, que ele conhece seu grande amor, tornando- se o símbolo de sua felicidade. Entretanto, com sua trágica perda, Gentil sofre por longo tempo. Após pesadelos e pressões psicológica, Gentil se ergue com a ajuda de seus amigos que o despertam para uma nova possibilidade. Nessa nova etapa de sua vida, conhece pessoas e lugares que mudam sua rotina. Aparece um novo amor. A alegria é retomada. Gentil é surpreendido por uma cena de violência que tem uma significância dolorosa em sua vida. É arrebatado para uma parte de seu passado, da qual ele não deveria lembrar-se e é nesse momento que faz um balanço moral de sua vida revelando, o inesperado. BALANÇO nos provoca um repensar e refletir em nossa caminhada, frente aos percalços da vida, representado pelo personagem Gentil e sua trajetória de existência.

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Sobre a atuação de Bruno Peixoto

A composição do personagem Gentil, foi extremamente confusa e delicada, porém fascinante. De que forma transformar esse homem do dia-a-dia, com o nome de Gentil (nome que traz certa ironia nos dias atuais) em um ser que fugisse da própria designação de seu nome, seguindo a proposta da encenação. Como ser gentil e não frágil frente ao projeto da montagem do espetáculo? A gentileza e generosidade da encenação deveriam ser elementos fundamentais para o público.

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Decidi não ser tão “gentil” na composição. Queria força, corpo total, integração rito-persona, imagens violentas e sutis ao mesmo tempo. Desempenho incisivo que movimentasse pra quem assistisse. Resolvemos trabalhar no início com a neutralidade da interpretação. Possibilitar o encontro entre meu ser e o ser da personagem e de todas as imagens e ritos propostos no processoEm seguida, muito trabalho de corpo com o mestre Baraúna e seu universo da capoeira, jogos práticos com o Edson e Cárita e aulas com o professor Cristhian de Ginástica Olímpica, preparando meu corpo total para a caminhada da cena, diz o ator.

Alguns universos foram se revelando: o Candomblé, as tribos indígenas, cantigas e danças populares, sons e imagens tipicamente brasileiras. Gentil era um típico brasileiro, com formas e corporeidades do Brasil. Esse universo foi bem explorado através do cenário de Paulinho Pessoa, figurinos e adereços de Júlio Vann. O resultado está à luz da ribalta!

O ator Bruno Peixoto esteve em viagem internacional no primeiro semestre de 19 de março ao dia 06 de abril de 2009 pela Dinamarca, Suécia e Noruega. Selecionado entre 50 atores em todo o mundo para fazer um curso em Holstebro, na Dinamarca no ODIN TEATRET de Eugênio Barba e sua trupe, pioneiro na ANTROPOLOGIA TEATRAL no mundo. Participou de workshops, demonstrações de seus trabalhos e pesquisas individuais. Ao retornar, iniciou a montagem do seu mais recente espetáculo: BALANÇO. Texto escrito especialmente para o ator, por Danilo Alencar, diretor do Grupo Arte e Fatos, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO.

BALADA DE UM PALHAÇO, já visitou vários Festivais Nacionais de Teatro e várias cidades do Brasil, dos quais o ator BRUNO PEIXOTO, recebeu 4 prêmios de Melhor Ator (Blumenau-SC, Ponta Grossa-PR, Rezende-RJ e Lauro de Freitas-BA). Arrebatou ainda 32 premiações nacionais.

Ficha Técnica

Texto: Danilo Alencar

Direção: Edson de Oliveira

Atuação: Bruno Peixoto

Produção: Teatro GTI

Assessoria de Encenação, Figurino e Adereços:

Júlio Vann

Preparação Corporal do Ator: Mestre Barúna (Capoeira), Christian (Ginástica Olímpica), Jogos (Edson de Oliveira) e Júlio Vann

Cenário, Vídeos e Programação Visual: Paulinho Pessoa

Assistente de Cenografia: Ângelo Carniello

Ilustrações do Material Gráfico: Pablo de Lá Cruz

Iluminação: Rodrigo Assis

Operador de Luz: Roosevelt Saavedra

Trilha Sonora: Victor Pimenta

Operação de som: Edson de Oliveira

Maquiagem: Bruno Peixoto

Fotografia: Layza Vasconcelos

Apresentação balanço

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